Corra o quanto antes... (capítulo 7)

-Zé, que barulho é esse velho?
-Vamos correr para o ponto de encontro, isso é muito estranho.
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Eles correram descendo as escadas rapidamente pois não poderiam perder tempo com o elevador, afinal de contas estavam ainda no primeiro andar. Quando apontaram na porta da escada, o som do helicóptero estava mais alto ainda, eu e Moto já estávamos no guarda volumes, a porta de entrada estava entre nós quatro, Alemão e Zé de um lado, eu e Moto do outro, nenhum de nós ainda tínhamos visão da entrada.
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Receosos do que encontraríamos, andamos devagar olhando o máximo possível para o vidro fumê, quem estava do lado de fora não podia nos ver. Eu consegui ver uma pessoa em pé, ele segurava um fuzil, ou um metralhadora pesada, não sei bem a arma, ele vestia uma farda toda preta, e atrás tinha uma sigla: O.S.E.
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Logo após mais três deles desceram do helicóptero que partiu logo em seguida deixando seus soldados. Droga, nunca ouvimos falar desse grupo, o que faremos? Confiar ou sair correndo?
Agora eu entendo a precipitação que nós dá num momento desses, mas Zé não teve paciência e correu para frente da entrada gritando.
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-Nós estamos aqui, nos salve por favor.
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A resposta foi imediata, um dos soldados virou e disparou uma rajada de tiros pelo vidro fumê que cedeu no mesmo instante, Zé caiu no chão, não foi atingido. Caramba, o que foi aquilo, nós éramos o alvo e não sabíamos. Caramba o que faremos, gritando eu falei:
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-Velho corre pelas escadas, nos encontramos na sala de exposições, nós iremos pela escada alternativa. Corre cara.
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Eu e Moto corremos sem parar, ouvíamos o som das botas dos soldados batendo no chão, eles corriam rápido também. Logo chegamos na porta da escada, os soldados já estavam na esquina anterior e soltaram outra rajada de tiros que atingiu a porta da escada. De relance vi que dois estavam nos seguindo, logo pensei que os outros dois foram atrás de Zé e Alemão.
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Subimos a escada sem parar, a sala de exposições ficava no terceiro andar. Logo chegamos no piso e entramos logo no corredor, ouvimos passos em nossa direcção.
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-Moto, quem será? Precisamos nos esconder. -Falei sussurrando.
-Vamos encostar naquela pilastra grande.
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Ficamos em pé de lado, cada um em cada pilastra. O som dos passos se aproximava, o medo e o pavor subia pela nossa espinha, eu podia ouvir o esqueleto de Moto tremendo junto a pilastra, o silêncio era total, só o som dos passos quebravam a calmaria do terceiro andar. Fechamos os olhos e tudo que podíamos fazer agora era esperar o que vinha daquele corredor.

10 comentários:

  1. Zé é um zé mesmo viu...
    Tá muito boa a história...

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  2. Lerdissímo!!! hehehe!


    www.explicandomusicas.blogspot.com

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  3. Hahaha, lerdo mesmo.
    Ae, curioso ler isso justo hoje, afinal aqui no RJ a coisa tá nesse pé mesmo =/
    Bjs

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  4. Zé sempre lerdo meu Deus, rsrs. Fico triste com violência no Rio, é uma pena mesmo, mas vai melhorar. Um grande abraço Nanda!

    www.explicandomusicas.blogspot.com

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  5. Só o vidro fumê já me deixou arrepiada. Imaginei a cena =D

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  6. Hehehe, o meu objetivo é fazer você entrar na história e sentir o mesmo que os personagens, se ficou arrepiada é porque alcancei meu objetivo! Obrigado mais uma vez por sua visita minha amiga, aqui você é sempre bem vinda!

    www.viciadosemfilmesdearacaju.blogspot.com

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  7. Correr nesse momento seria muito perigoso, ali era só se esconder e rezar, rsrsrs!

    www.explicandomusicas.blogspot.com

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  8. Ai, ai... Zé é mais do que lerdo... é meio tapado, né!? Como ele vai confiar em alguém que nem sabe quem é ou o que representa?
    Estou adorando a história!!

    Beijos,

    Nanie
    @naniedias
    http://naniedias.blogspot.com

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  9. Todo mundo fala isso, lerdíssimo, tapadíssimo! Rsrsrs, mas coitado, ele é gente boa! Até a próxima!

    www.sosemas.blogspot.com

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